Suscetibilidade Genética e COVID-19

Marcelo Sady Plácido Ladeira

Recentes estudos tem relatado maior risco de trombose em pacientes portadores de COVID-19. Helmes et al. (2020) em estudo com 150 indivíduos com COVID-19, relataram 64 complicações trombóticas clinicamente relevantes, principalmente embolia pulmonar (16,7%).

O tromboembolismo venoso   é uma desordem multifatorial, envolvendo a  interação de vários fatores genéticos e ambientais, que afetam as proteínas do sistema anticoagulante. Entre estes fatores genéticos,  destaca-se o polimorfismo rs6025 do gene F5 que codifica  o Fator V  de Leiden e o polimorfismo rs62623459 da protrombina, as quais  são os dois principais biomarcadores de risco genético  para  trombose.

O fator V é uma proteína plasmática formada por 2.196 aminoácidos, precursor do fator Va (fator V ativado), que  é essencial para a síntese da trombina e ativação da coagulação. A presença do alelo G do polimorfismo rs6025 gene do fator V  aumenta o risco de doença trombótica de três a dez vezes para portadores heterozigotos e de oitenta vezes para portadores homozigotos e hipoteticamente, são necessários estudos para confirmação, pode estar associado a maior risco de quadro mais graves de COVID-19.

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