Genética e Epigenética da Depressão

Genética e Epigenética da Depressão

Marcelo Sady Plácido Ladeira

Previna-se!

Depressão é uma importante questão de saúde pública, devido a sua alta prevalência em todo o mundo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), estima-se que 121 milhões a 300 milhões de pessoas sofram de depressão.

Entre 10% e 15% da população mundial apresentará um episódio depressivo clínico durante a vida e 5% das mulheres experimentarão transtorno depressivo uma vez por ano (Mandelli e Serretti, 2013). O Brasil apresenta uma das maiores taxas de depressão. Estudos realizados nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro relataram que aproximadamente 18% e 16%, respectivamente, da população estudada apresentava depressão há pelo menos um ano.

Depressão tem sido reconhecida como uma doença hereditária. O risco estimado da doença em parentes de primeiro grau é 3 vezes maior do que o da população geral (Mandelli e Serretti, 2013). Embora, alguns estudos relatem um risco 10 vezes maior em irmãos de indivíduos afetados, outros estudos relatam uma influência genética variando de 30 a 40% (Mandelli e Serretti, 2013).

Um grande número de fatores biológicos e genes tem sido estudados e os dados mostram que depressão é uma doença complexa e altamente heterogênea, envolvendo a interação de muitos genes, cada um contribuindo com um pequeno efeito, e vários fatores ambientais que podem modular e acionar a predisposição genética (Mandelli e Serretti, 2013). Portanto, a identificação dessas variantes genéticas pode ajudar a minimizar a suscetibilidade genética através do monitoramento e modulação desses fatores ambientais que desencadeiam a depressão.

Devido a isso, a Multigene LS, desenvolveu um perfil de genotipagem para depressão com análise de 26 variantes genéticas relacionadas a suscetibilidade e resposta frente ao tratamento medicamentoso. Assim, acreditamos que o nosso perfil de genotipagem em depressão possa contribuir com importantes ferramentas para prevenção e otimização do tratamento. 


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Referências Bibliográficas
Hyman. Depression needs large human-genetics studies. Nature, v.515, p. 189-191, 2014 
Mandelli e Serretti. Gene environment interaction studies in depression and suicidal behavior: An update. Neuroscience and Biobehavioral Reviews [37 (2013) 2375–2397.

Saiba mais: www.multigene.med.br

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